Quando Judite se apercebeu de que os
habitantes de Betúlia estavam prestes a render-se ao exército de Holofernes,
general de Nabucodonosor, urdiu um plano que manteve secreto, com
um objectivo: salvar o povo de Israel. Planeou uma estratégia e uma táctica. O
texto Bíblico não refere que ela tenha seguido as sugestões de deus, ele não
lhe indicou os caminhos. Judite invocou-o e decidiu assassinar o general
assírio.
“ Senhor Deus todo-poderoso,
lançai agora um olhar sobre o empreendimento de minhas mãos, para a exaltação
de Jerusalém!” (Judite, 13,4).
Para atingir o seu desígnio optou
por utilizar a arma que possuía – a sedução inteligente.
“Quando Judite acabou de invocar o
Deus de Israel (...) tirou o cilício de que estava recoberta, tirou os trajes
de viúva (…) fez-se assim extremamente bela, a fim de seduzir os olhos dos
homens que a vissem” (Judite 10,8).
Judite induziu Holofernes a pensar que ela estava contra o povo de Israel . Apresenta-se perante o general “ vencida” e no "temor de deus", de quem os outros receberiam o castigo.
As palavras de Judite agradaram a
Holofernes e a todos os oficiais; admiraram-lhe a sabedoria e disseram: “ De
uma extremidade da terra a outra não há mulher como esta, de tão formoso
semblante e ponderados propósitos.” (Judite 11,20e 21).
Tagarelando com Carmo Romão a propósito de um outro trabalho , uma pintura não identificada sobre este mesmo tema, apeteceu-me repescar este post - dos primórdios deste blogue.
- E já agora Carmo, conhecendo os homens, terá Judite também adivinhado o diálogo de Holofernes e Bágoas?
Holofernes a Bágoas: “ …pois seria vergonha para nós
deixar partir tal mulher sem entrar em relações com ela.” (Judite 11, 20 e 21).
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