Do blogue da minha amiga Metanima, transcrevo com a devida vénia.
Nas voltas que a vida dá , somos por vezes apanhados de surpresa pelos deuses, pelos homens,por nós mesmos.
Nesses momentos redescobres a capacidade para te reinventares.Encontras os teus passos a dirigirem-se ao sítio da regeneração, pelo mar dentro ou montanha acima a matéria de que és feita reage, matando ou expurgando o mal, multiplicando o bem.
Aceitar não significa conformares-te. Aceitar é reagir de forma inteligente .
Há quem veja televisão, telefone aos amigos, à família. Eu gosto de rádio todo o dia . Para já, não interrompes nada do que estás a fazer. Enquanto ouves, cozinhas, tomas banho, arrumas os sapatos no roupeiro, estendes roupa na corda, pões comida a descongelar, temperas a carne , vigias a sopa ao lume, verificas a despensa e apontas o que faz falta em diferentes zonas do post it, pela ordem dos corredores de supermercado que planeias percorrer mais tarde (nem sei como a nossa cabecinha aguenta) e és apanhada a rir sózinha, feita maluquinha .
A TV funciona em ocasiões muito especiais. Imaginem, para quem nunca entendeu nada de futebol, o folhetim da selecção. Delicioso. Não há crise, banca-rota , aumentos de iva, fruta mais cara , contas bancárias em risco.Durante a transmissão do 7-0, tirei uma conclusão filosófica que muito me tem ajudado, até comentei com o marido, 'Tás a ver, moral da história, nunca fazer como a Coreia do Norte - nunca perder o moral. Acabou. Os comentários técnicos para os peritos . Mas da memória das intuitivas não te apagarás tu, santo Eduardo, nem tu miúdo, speedy gonzalez louro , Coentrão.
Não desanimem, pois. Sintonizem a Antena Um. Ele há sempre um Portugalex, para nos animar, para nos rirmos todos os dias , mesmo quando a vontade é chorar por uma república com o seu presidente, hmm , não posso dizer o que aqui lhe chamam,digamos, uma dessas pessoas que não são capazes de andar para a frente nem para trás , se ficam pelas bordinhas das questões, paradinhas nos entremeios de tudo, uma tristeza, para a mulher,coitadinha,a ficar-se pelos Açores.
Mas o que eu nunca perco e peço que não acabe , é aquele programa que infelizmente só dá de 15 em 15 dias, o Debate Quinzenal da Assembleia da República . Ele é o Paulo Portas , ele é o Jerónimo de Sousa, o meu querido, o Francisco Louçã . Quando o oiço ascendo àquele patamar em que me sinto tão bem, entre a realidade e a ficção : O boneco do Contra -Informação ou a voz do Portugalex? Onde estou eu? E o Sócrates, sim senhor , tiro-lhe o chapéu, para quem fez o inglês ao domingo, devia era ter ido para o teatro , aquilo é que teria sido uma carreira...oh sr. primeiro ministro, olhe que a Apolónia mexe mesmo consigo, ah mulher,você fez-se, rapariga valente!
Obrigada, antena um.
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julho 03, 2010
maio 23, 2010
A PALAVRA EFÉMERO.
Quando apareceu a televisão falaram-nos de uma janela para o mundo. A rádio era, e é, “uma companhia”.
E isto de internetes, blogosferas, facebooks? Por um lado consideradas efémeras, por outro, vistas por “especialistas “ como "o que não se desvanece".Dizem-nos eles que tudo vai ficar escrito no vento, neste caso no éter, nas nuvens. Os subterrâneos do nosso inconsciente frequentam agora “cabos”e “fibras ” e o que manifestamos permanece, “para sempre”. Vasco Trigo, o que vê televisão à hora da refeição sem complexos, integra isso no dia-a-dia familiar; é com certeza um homem moderno, além de um expert na área da tecnologia da informação, avisa-nos ele – Cuidado, o que se põe na Net nunca desaparece, se responderes a um anúncio de emprego, a primeira coisa que fazem é investigar no Google, quem, onde, quando, tudo sobre ti. Fotografias, sites que frequentas ou redes sociais.
Portanto, pelo que nos dizem os peritos, o que parece volátil está e estará. Não em filmes guardados em caixas de metal cinzento, não em cassetes video de plástico preto, não em Cds, mas lá por cima, perto do céu e do São Pedro que é quem nos abrirá um dia as suas portas, OU NÃO!
OS NOSSOS IDS, EGOS E SUPER EGOS GRAVADOS NO CÉU? Como é que certas pessoas conseguirão dormir à noite descansadas, com alguma porta mal fechada, alguma janela inadvertidamente entreaberta no seu quarto de dormir? Teremos provavelmente que inventar um gestor de mundos e de imagem virtual, um Segismundo Freud tratador da nossa alma assombrada deambulando pelo espaço, um contentor de pulsões inconfessáveis, um interpretador oficial do nosso atraso de personalidade, um técnico informático que, qual terapeuta familiar, irá apagando as sucessivas merdas que não conseguirmos enterrar sózinhos.
Portanto, ao contrário do que li esta manhã num blog , ia a dizer, da concorrência, mas não digo, a efemeridade morreu.
Já não me pesa tanto o vir da morte,
Sei já que é nada, que é ficção e sonho,
E que, na roda universal da Sorte,
Não sou aquilo que me aqui suponho.
Sei que há mais mundos que este pouco mundo
Onde parece a nós haver morrer –
Dura terra e fragosa, que há no fundo
Do oceano imenso de viver.
Sei que a morte, que é tudo, não é nada,
E que, de morte em morte, a alma que há
Não cai num poço: vai por uma estrada.
Em Sua hora e a nossa, Deus dirá.
Fernando Pessoa, 6 de Julho de 1934
Não resisti pois a deixar aqui um dos poemas da minha vida.
Veja mais em http://duvida-metodica.blogspot.com/
E isto de internetes, blogosferas, facebooks? Por um lado consideradas efémeras, por outro, vistas por “especialistas “ como "o que não se desvanece".Dizem-nos eles que tudo vai ficar escrito no vento, neste caso no éter, nas nuvens. Os subterrâneos do nosso inconsciente frequentam agora “cabos”e “fibras ” e o que manifestamos permanece, “para sempre”. Vasco Trigo, o que vê televisão à hora da refeição sem complexos, integra isso no dia-a-dia familiar; é com certeza um homem moderno, além de um expert na área da tecnologia da informação, avisa-nos ele – Cuidado, o que se põe na Net nunca desaparece, se responderes a um anúncio de emprego, a primeira coisa que fazem é investigar no Google, quem, onde, quando, tudo sobre ti. Fotografias, sites que frequentas ou redes sociais.
Portanto, pelo que nos dizem os peritos, o que parece volátil está e estará. Não em filmes guardados em caixas de metal cinzento, não em cassetes video de plástico preto, não em Cds, mas lá por cima, perto do céu e do São Pedro que é quem nos abrirá um dia as suas portas, OU NÃO!
OS NOSSOS IDS, EGOS E SUPER EGOS GRAVADOS NO CÉU? Como é que certas pessoas conseguirão dormir à noite descansadas, com alguma porta mal fechada, alguma janela inadvertidamente entreaberta no seu quarto de dormir? Teremos provavelmente que inventar um gestor de mundos e de imagem virtual, um Segismundo Freud tratador da nossa alma assombrada deambulando pelo espaço, um contentor de pulsões inconfessáveis, um interpretador oficial do nosso atraso de personalidade, um técnico informático que, qual terapeuta familiar, irá apagando as sucessivas merdas que não conseguirmos enterrar sózinhos.
Portanto, ao contrário do que li esta manhã num blog , ia a dizer, da concorrência, mas não digo, a efemeridade morreu.
Já não me pesa tanto o vir da morte,
Sei já que é nada, que é ficção e sonho,
E que, na roda universal da Sorte,
Não sou aquilo que me aqui suponho.
Sei que há mais mundos que este pouco mundo
Onde parece a nós haver morrer –
Dura terra e fragosa, que há no fundo
Do oceano imenso de viver.
Sei que a morte, que é tudo, não é nada,
E que, de morte em morte, a alma que há
Não cai num poço: vai por uma estrada.
Em Sua hora e a nossa, Deus dirá.
Fernando Pessoa, 6 de Julho de 1934
Não resisti pois a deixar aqui um dos poemas da minha vida.
Veja mais em http://duvida-metodica.blogspot.com/
setembro 28, 2009
A irresistivel no ma-schamba
Rescaldo das eleições portuguesas
28 Setembro 2009 11:31 — por jpt em Banda Desenhada, Politica Portuguesa
setembro 11, 2009
A Internet não é um sítio calmo.
A Internet não é um sítio calmo. Estão sempre a chamar-nos do lado direito do ecrã. Acho que vou para Vale de Lobos. Tu procuras fotografias de quadros para colocar, postar, como se diz, no teu blog; das primeiras coisas que te propõem é que vás viajar. O museu tal no sítio tal, porque não usufruir da TAP low cost a 59 euros? Andas desesperadamente procurando Franz von Kunst e aparecem-te os Kunsts mais mirabolantes, excepto o que tu queres. Estão sempre log in, log out. Quer fazer amigos? A não sei quantas quer ser sua amiga. Faça parte dos eleitos do facebook, o que está a dar é o twitter, Obama está no Scribd…, publique aqui você também! Meu deus, vou falar com o Obama na Net, desfazer todas as minhas dúvidas, perguntar-lhe sobre o Lincoln, sei lá. Sou de uma geração em que os licenciados não sabiam dactilografar. A gente escrevia à mão e alguém editava por nós. Agora não só somos obrigados, como começamos a gostar de o fazer, a exigir o trabalho feito para ontem, não dá para esperar, editas tu, procuras tu, em resumo, queres fazer tudo. Deus criou o mundo um dia de cada vez. Vou mas é pró Alentejo olhar o monte. E procurar um editor.
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