Já sei que uma das coisas que
todos querem saber é se este livro é autobiográfico.
– Claro, que sim! Não, nada disso, é pura fantasia! – Duas respostas
possíveis e completamente verdadeiras.
Não sei de ninguém que não seja
aquilo que já foi, que tenha vivido, desvivido, sem ter morrido um pouco. Das
cinzas renascem tantas formas diferentes de contar a mesma história, que se não
pode dizer que sejamos todos mentirosos, mas que cada um a vive e revive, à sua
maneira, lá isso é.
Perguntam também porque as dedico ao senhor
Palomar. Sim, inventei-as, mas se não fosse o senhor Palomar não as teria escrito.
Nem se não tivesse olhado pessoas de paisagens suburbanas, gente que se move roboticamente
a quem se adivinham humanidades escondidas. Para essa gente criei vidas
imaginárias que bem podiam não o ser.
Sim, também ao alcance de amigos Brasileiros na
Amazon, Brazil e para os que preferem
ler em papel, folha a folha, brevemente na Livraria Barata. A acompanhar as palavras,
as misteriosas gravuras de Pedro Marks.
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