O que marcou a minha castigada memória foi a repetida assunção de que Saramago, sim, era o Nobel merecido , ao contrário de Lobo Antunes.
Mas será a literatura um estádio de futebol aonde apenas um dos clubes em presença tem direito à taça? Pois voto que não. Pelo menos na arte consintam a poligamia . Se ambas as escritas embalam o meu sonho, se em qualquer delas reconheço a espécie de música que a minha alma dança, o ritmo, a entoação , o respirar que me engana por eu querer, por que não aceitar que, quer Saramago quer Lobo Antunes, mereçam todos os prémios?
Postava agora aqui uma fotografia dessa melodia, se para tal o engenho me não faltasse.
Mas convosco a frase de Virginia Woolf escolhida por James Wood ( A Mecânica da Ficção, James Wood, cap.101) para explicar essa “música”:
O dia ondula amarelo com todas as suas colheitas. "Esta frase deixa-me estarrecido",diz Wood, "...em parte porque não consigo explicar porque é que me afecta tanto. Consigo ver, e ouvir, a sua beleza, a sua estranheza. A sua música é simples.(...)".
O belo tem aquele tom de autenticidade. Adorei
ResponderEliminarRigth..................!
ResponderEliminarRigthness
Text and layout,of course!
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