Cada
vez mais encontro pessoas em cafés, livrarias ou jardins públicos a
pôr em causa o estado a que isto chegou . Já não precisamos de convocar
gente para o Rossio. O país é uma Praça aonde muitos desabafam. Depois
de um sorriso cúmplice na caixa do supermercado – que este povo não
perde nunca a veia provocatória – Não obrigada, não preciso de um Audi –
e assim evoluem as conversas, os desabafos - Que a gente não aguenta.
Ainda ontem assisti a uma conversa com jovens. Jovens que lêem, por exemplo, este livro que sistematiza caminhos:
-1- Identifica quem tem o dinheiro e as armas , ou seja, quem detém o poder.
2- Faz o que podes fazer quando se deparar a oportunidade ( enquanto não to proibirem).
3- Solidariza- te e age, ajuda uma família atingida pela crise económica.
Há quem não leia nada, mas se interrogue, que 50 anos de crise começa a ser demasiado no horizonte de quem tem vinte e tais. Os portugueses são burros, dizem , votam sempre nos mesmos. – E tu, não és português? – Votar ou não votar, é o mesmo. Difícil, ouvir isto. Sobretudo para alguém que pensa ter conquistado o voto, a democracia. Alguém que conta como era , não se poder falar, não se poder escrever, cantar, votar, ou na hora do voto haver uma lista única.
Atrevo-me a acrescentar mais um aviso - as artimanhas no discurso são muitas, os significados atribuídos às palavras, nos seus diversos usos , formas e contextos são mesmo uma armadilha, oiçam os comunicados do governo, a bulha à volta do termo"reestruturar", ou do significado de "permanente".
Ainda ontem assisti a uma conversa com jovens. Jovens que lêem, por exemplo, este livro que sistematiza caminhos:
-1- Identifica quem tem o dinheiro e as armas , ou seja, quem detém o poder.
2- Faz o que podes fazer quando se deparar a oportunidade ( enquanto não to proibirem).
3- Solidariza- te e age, ajuda uma família atingida pela crise económica.
Há quem não leia nada, mas se interrogue, que 50 anos de crise começa a ser demasiado no horizonte de quem tem vinte e tais. Os portugueses são burros, dizem , votam sempre nos mesmos. – E tu, não és português? – Votar ou não votar, é o mesmo. Difícil, ouvir isto. Sobretudo para alguém que pensa ter conquistado o voto, a democracia. Alguém que conta como era , não se poder falar, não se poder escrever, cantar, votar, ou na hora do voto haver uma lista única.
Atrevo-me a acrescentar mais um aviso - as artimanhas no discurso são muitas, os significados atribuídos às palavras, nos seus diversos usos , formas e contextos são mesmo uma armadilha, oiçam os comunicados do governo, a bulha à volta do termo"reestruturar", ou do significado de "permanente".
Pelo menos isto, não nos tirem, a nossa querida língua - mãe, mater tão dolorosa deste presente.
Quando há dias deparei com aquela sua referência à CARTA AOS MEUS FILHOS SOBRE OS FUZILAMENTOS DE GOYA, fui naturalmente até ao Youtube para ouvir este video do Mário Viegas. Mas não me satisfiz. Quis lê-lo devagar saboreando bem a beleza dramática das ideias e das palavras! Decidi enviá-lo para o meu grupo de amigos, apesar de duvidar que todos o leiam!
ResponderEliminarHá quem pense que a poesia é para ser dita. Será . Mas também a prefiro lida , no silêncio do meu próprio coração .
EliminarObrigada Aniper, pelos comentários.