lyon de castro |
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Lyon de castro no museu do chiado ,o tempo incerto , a nossa resignação, a desta gente que amamos , um dos poemas da minha vida.
Esta gente
Esta gente cujo rosto
Às vezes luminoso
E outras vezes tosco
Ora me lembra escravos
Ora me lembra reis
Faz renascer meu gosto
De luta e de combate
Contra o abutre e a cobra
O porco e o milhafre
Pois a gente que tem
O rosto desenhado
Por paciência e fome
É a gente em quem
Um país ocupado
Escreve o seu nome
E em frente desta gente
Ignorada e pisada
Como a pedra do chão
E mais do que a pedra
Humilhada e calcada
Meu canto se renova
E recomeço a busca
De um país liberto
De uma vida limpa
E de um tempo justo
Sophia de Mello Breyner Andresen,
in "Geografia
Muito oportuno,o poema!
ResponderEliminarAsk what you can do for your country,not what your country can do for you!Mais coisa menos coisa,Jonh F.Kenedy,disse.Disse,mas poucos o ouvem!O momento,a actualidade,é de ponderar no que Kenedy pretendia.
O que Sofia põe poeticamente,necessita da complementaridade do enunciado de JFK.Um propósito nacional,será ou não uma abstracção,mais um exercício intelectual para o caixote das inutilidades ou não,se a responsabilidade individual e cívica de cada um de nós se traduzir,ou não,em actos concretos,permanentes e sistemáticos,que visem criar,globalmente considerando,condições favoráveis à realização desse propósito.Sumariamente,eu,você,o vizinho,temos a obrigação ética, moral e cívica,de através das nossas acções,desde as mais comezinhas, de comprar fruta ou detergente,às mais elaboradas,de comprar carro ou casa,ter em conta as mais valias para o TODO NACIONAL.A partir daqui,é que cada um fica habilitado ao exercício livre e responsável do DIREITO de se exercer DEMOCRATICAMENTE.Quero com isto dizer que,só tenho o DIREITO A,se cumprir com o meu DEVER COM!
CIDADÃO
muito bonito!
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