janeiro 15, 2013

Travessa d'Abençoada, João Bouza da Costa




Um bairro da Lisboa antiga onde hoje se cruzam os velhos e os novíssimos problemas do nosso tempo. Lisboa, a que já não é apenas a calçada que subíamos de manhã cedo, o mercado aonde se comprava uma maçã vermelha que se mordiscava até à rua dos caetanos, as mulheres que ainda, ou àquela hora se vendiam pelas esquinas. Lisboa já não é só das peixeiras, das mulheres da praça, das prostitutas encartadas.

  Por essas esquinas se vendem todas as ilusões, nocturnas e diurnas, em pastilhas ou em pós, a copo ou em cálice. O comércio é democrático. Pró menino e prá menina, homens e mulheres, novos e velhos de todas as cores. 

Para quem precisa esquecer, por umas horas, por minutos, o tormento de muitos dia-a-dia.



Lisboa é cada vez mais A Travessa da Abençoada.



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