Sou da língua portuguesa, como diz o poeta, mas povoada constantemente por colonos de outros falares, o inglês, o alemão o espanhol; o francês cada vez menos me ataca, apenas em nostálgicos momentos bacocos de que me envergonho, tipo, si tu m’ aimais et si je t’aimais comme je t’aimerais. E custa-me a admitir ter sido infectada por eles, é muito mais in ser assaltada por sons como unwahrscheinlich gut ou wunderbar, melhor ainda das Land ,wo die Zitronen bluhn e perfeitamente aceitável my baby girl.
Há quem diga que me habitam as línguas de antepassados.
1/8 caucasiano, 1/8 asiático, 1/8 minhoto da raia, 1/8 celta, 1/8 espanhol, 1/8 germânico e talvez holandês, 1/8 africano de África, são oitavos a mais , até um goês, um outro Indonesich. E bem sinto o oitavo marciano, além do meu lado lunar.
O que sei de fonte segura é que, antes de mim se andaram a comer uns aos outros, nos dois sentidos, e gostaram, e escandalizaram.
Uma identidade distorcida, problemática. Pois é.
O lado lunar!................pois!
ResponderEliminarBlue Moon
adoro a expressão "colonos de outros falares" parabéns! agora não se esqueça de reflectir bem, muito bem...
ResponderEliminarEditado em 2011 / reeditado em 2020
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