janeiro 24, 2012

A última crónica de Pedro Rosa Mendes e a sopa da mafaldinha


 

 Querida Mafalda

Fui buscar-te porque me apetecia rir; ou pelo menos sorrir, como quando te ouvia falar da liberdade e das susaninhas do sistema. Naquele tempo eu ainda não tinha nem uma, nem outra.
E fui dando a volta ao texto, ao ponto de ter visto a liberdade e ter conhecido uma susaninha em tudo diferente da tua. Até parecia que o antigamente não tinha passado de uma miragem, o ter vivido num mundo sem liberdades e com muitas susaninhas. Mesmo isso eu teria exorcizado.

Mas hoje tive saudades tuas, mais por via do pedro rosa mendes e da raquel freire. É desta, desta vez é que é, 1984, o Big Brothersilenciamento global, como a nossa querida recessãozita, global, mundial, planetária, mas à maneira a que fomos habituados – o silêncio e a fome dos que não “ se adaptarem”, não contemporizarem, dos que tenham a ousadia e a parvoíce de continuar a inventar fantasmas, agitando as bandeiras serôdias da ética, dos direitos humanos, da fraternidade, tudo coisas ultrapassadas, dirão eles, coisas que já provaram não servir a lógica dos mercados.

Hoje estou mesmo down, mafaldinha. Embora partilhar esse pratito de SOPA?




1 comentário:

  1. Pois é,começa de vez em quando,até se instalar com armas e bagagens,nós já vivemos esse desespero da censura,do medo de dizer,dos olhos na nuca quando falávamos do que não devíamos.
    O seu blog,minha cara confrade,tem sido um espaço do pensamento livre,da palavra livre,também está a ser de contestação à limitação dessa liberdade.

    Libertário

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