fevereiro 02, 2015

as armas , interrogações , Cecília Meireles e Eisenhower





 - «E minha alma, sem luz nem tenda,
passa errante, na noite má,
à procura de quem me entenda
e de quem me consolará...»

Cecília Meireles 



 - «Quem vende as armas, perguntas tu! Pois, minha amiga, embora eu não goste de ser simplista, acho que a resposta para isso é simples. Quem vende as armas é a alta finança internacional que, entre os grandes negócios do mundo a que está muito atenta, não perde este que, como o dia-a-dia nos mostra, deve ser dos mais rentáveis.Quanto mais guerras e conflitos hábilmente e na sombra estimular maiores os lucros obtidos. É que essa gente não tem pátria, nem ideologia, nem princípios. Vive apenas para maximizar o lucro dos capitais que muito regradamente investe. A este respeito, o discurso que Eisenhower fez quando abandonou a presidência dos Estados Unidos ficou para a História. Ele, um militar, não hesitou em alertar o seu país - e o mundo - para aquilo a que chamou o "complexo militar e industrial". Palavras desse seu celebérrimo discurso:
"Nas esferas da governação, devemos proteger-nos contra a aquisição de uma influência indesejada procurada ou não, por parte do COMPLEXO MILITAR-INDUSTRIAL.Existe e permanecerá o potencial para um surto desastroso de poder mal concentrado. Não devemos nunca permitir que o peso dessa conjugação ameace as nossas liberdade ou o processo democrático." 
A este propósito, bastará lembrar que um dos mais entusiastas defensores da invasão do Iraque que acabou por conduzir ao que hoje sabemos, foi o senhor Donald Rumsfeld que era então Secretário de da Defesa dos governo de Bush e, ao mesmo tempo, possuia importantíssimos interesses na industria militar dos Estados Unidos o que lhe permitiu obter avultadíssimos lucros com a destruição de um país e não só. 

É verdade que as andorinhas hão-de voltar mas não creio que tragam a paz neste mundo cada vez mais atormentado pelo poder do dinheiro que hábilmente já percebeu o quanto lhe rende ir dando gás aos facciosismos religiosos. (...)»
 Aniper

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