Há dias em que penso com a epiderme e discursos a que sou epidermicamente alérgica. Este senhor José Gil é o caso. É que, quando o oiço, lembro-me logo do Eduardo Lourenço, o que é que isto tem a ver? Nada. Nunca vos aconteceu, uma coisa evocar o seu contrário?
Pois agora vem para cima de nós como se tivesse descoberto a pólvora, existe um movimento social que José Gil ainda "não sabe pensar". Faz-lhe falta um qualquer ismo sem o qual se desnorteia. Porque é que não o inventa? O povo agradece. Anda tudo à nora, desabafo da dona Aurora que faz rissóis para fora, repetido e tripetido de cada vez que lá vou. Pergunta-me sempre – Mas para onde é que foi o nosso dinheiro?
E eu volto para casa a remoer; contam-me que as economias de mercado se afastam cada vez mais dos humanos, vivem e jogam ilusões, há bancos a vender “ futuros” (produtos que são uma espécie de aposta, num hipotético valor que determinado produto atingiria daqui a x tempo, como no poker). Já não interessa nada vender beterrabas, pepinos, automóveis, vendem dinheiro uns aos outros. Chamam a isto mercado financeiro, e quem avalia o valor do dinheiro são as tais agências… Tal e qual uma dança de roda? Um inquebrável ciclo vicioso?
Não é de certeza o jogo das crianças da Namíbia a quem dava jeito algum dinheiro para avançar com a construção da sua escolinha, ou comprar medicamentos que os impedissem de morrer de malária. Mas também, morrer de fome ou de malária, tanto dá. Que raio de mundo.
tens razão, esta conversa fede, e pôr isto tudo como brinde na farinha amparo era o melhor a fazer que já ninguém come farinha amparo e rapidamente se esquecia tudo. um grande beijo e espero, boas férias.
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