setembro 11, 2009

A Internet não é um sítio calmo.

A Internet não é um sítio calmo. Estão sempre a chamar-nos do lado direito do ecrã. Acho que vou para Vale de Lobos. Tu procuras fotografias de quadros para colocar, postar, como se diz, no teu blog; das primeiras coisas que te propõem é que vás viajar. O museu tal no sítio tal, porque não usufruir da TAP low cost a 59 euros? Andas desesperadamente procurando Franz von Kunst e aparecem-te os Kunsts mais mirabolantes, excepto o que tu queres. Estão sempre log in, log out. Quer fazer amigos? A não sei quantas quer ser sua amiga. Faça parte dos eleitos do facebook, o que está a dar é o twitter, Obama está no Scribd…, publique aqui você também! Meu deus, vou falar com o Obama na Net, desfazer todas as minhas dúvidas, perguntar-lhe sobre o Lincoln, sei lá. Sou de uma geração em que os licenciados não sabiam dactilografar. A gente escrevia à mão e alguém editava por nós. Agora não só somos obrigados, como começamos a gostar de o fazer, a exigir o trabalho feito para ontem, não dá para esperar, editas tu, procuras tu, em resumo, queres fazer tudo. Deus criou o mundo um dia de cada vez. Vou mas é pró Alentejo olhar o monte. E procurar um editor.

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